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Versos Derramados I

 


Neste fim de ano, eu preciso derramar...


Todo o meu cansaço, pelo ciclo que se encerra.
Todo o meu esforço, empenhado nesta guerra.
Toda a minha angústia, pelas noites que perdi.
E todos os pecados, que por você não cometi.

Neste fim de ano, eu preciso derramar...

Toda a luxúria, que implora o meu desejo.
Toda a minha gula, que sacia com o seu beijo.
Toda a avareza, que engana a visão.
E toda a minha ira, que machuca o coração.

Neste fim de ano, eu preciso derramar...

Toda a vaidade, que fere os outros sentimentos.
Toda a soberba, que enlouquece os pensamentos.
Toda a preguiça, que desrespeita o corpo humano.
E toda a ignorância, proferida de um profano.

Neste fim de ano, eu preciso derramar...

Todo o meu carinho, para aqueles que me apoiam.
Todo o meu perdão, para aqueles que me odeiam.
Toda a confiança, assegurada por um irmão.
E todo o meu vinho, para os que aqui estão.

Neste fim de ano, eu preciso derramar...

Todo o meu pranto, por um amigo que partiu.
Toda a gratidão, pela porta que se abriu.
Toda a honra, pelos prêmios conquistados.
E toda compaixão, pelos desaventurados.

Neste fim de ano, eu preciso derramar...

Toda a fé e crenças, que insisto em acreditar.
Todas as risadas, por o mundo não acabar.
Toda a esperança, por uma Nova Era de amor.
E toda essa glória, ao Grande Arquiteto Criador.






::: Versos Derramados I :::

por André Victtor
Escrito em 25 de Dezembro de 2012.


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