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Versos Mortos

 




Um indivíduo que sempre diz,
que é dono do seu nariz.
Que puxa o tapete dos outros,
por ter um cargo mais alto.
Não consegue enxergar
o prêmio que foi lhe dado:


É escravo de um sistema
rodeado por problemas.
Não tem tempo para nada,
nem pros filhos, nem pra amada.
É chefe dos subordinados,
mas por todos odiado.
Pode até ser religioso,
mas vendeu a alma ao diabo.


Trabalhou o tempo todo
e esqueceu de contemplar.
Momentos de devaneios,
festas, churrascos, sol e mar.
O telefone o enlouqueceu,
dos amigos se perdeu,
não sabe o dia em que morreu,
não sabe quando se enterrar.


Pode até ter muitas posses,
propriedades, carros caros.
Pode até ter muito status,
diplomas, certificados.
É dono do ouro de tolo,
é mais pobre do que um rato.


Por isso gosto das bruxas,
dos feiticeiros, necromantes.
Dos monstros e lobisomens,
dos vampiros elegantes.
Que não temem mais ninguém,
nem a vida, nem a sorte.
Brindam com rituais,
o sangue e o sabor da morte!


...




::: Versos Mortos ::: por André Victtor
Filosofia, verdades, mitos e versos.
Poema escrito no Halloween
Ouro Fino, XXXI de Outubro de MMXIII da E.'.V.'.

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